Leia Gênesis 25: 19-34
A fé de Isaque e Rebeca é posta a prova do mesmo modo que a de Abraão e Sara: no fato de não ter filhos. Isto deu oportunidade para Isaque orar com instância, e o Senhor ouviu suas orações ( v. 21; veja também 1 Crônicas 5:20). Nascem dois meninos gêmeos, tão diferente nas suas feições quanto na condição de seu coração. A cena que se desenrola entre os dois irmãos revela esta condição. Jacó, a despeito do modo horrível em que lida com a questão, demonstra que aprecia o lugar de honra na família, a participação na herança que a acompanha, e especialmente as promessas divinas feitas a Abraão e à sua descendência. Nada disto tinha valor para Esaú. Ele fecha seu negócio, como, bebe, levanta-se e sai, inconsciente da incalculável perda que sofre.
A sua conduta não é somente irracional: ele sacrifica todo o seu futuro “por um repasto”. Porém isto representa um grande insulto a Deus; era como se lhe tivesse dito: os Seus mais preciosos dons não são tão bons quanto este cozinhado de lentilhas que sacia minha fome.
O direito de primogenitura é uma figura do privilégio daqueles que foram criados em uma família cristã. Queira Deus que nenhum de vocês despreze a herança celestial.
COMENTÁRIOS
25.25 Esaú significa “cabeludo”. Em muitos aspectos, ele era mais atraente e insinuante que Jacó, mas faltava-lhe uma coisa importante: a fé. Não era só o caso de ser ele um materialista (Hb 12.16), pois que, também Jacó assim se revelara na primeira fase de sua vida. O fato, porem, era que Esaú não depositava confiança nas promessas divinas, nem atribuía qualquer valor à aliança estabelecida com Abraão. Jacó, por outro lado, estava confiante e buscava tais promessas. Deus o abençoara e submetera-o à disciplina.
25.26 Jacó, “aquele que segura o calcanhar”, portanto, “Suplantador”, o que tira vantagem sobre outros pela astúcia.
25.30 Edom significa “Vermelho”, associa-se ao fato de ser esta a cor de Esaú (25), bem como a cor do prato de lentilhas, pelo qual ele negociou seu direito de primogenitura.
25.31 O direito de primogenitura tinha referência a certos privilégios atribuídos ao filho mais velho: 1) Porção dobrada dos haveres paternos, depois da morte deste; 2) Direito de exercer o sacerdócio sobre a família. Em relação à família de Abraão, a primogenitura incluía mais este direito; 3) Ficar na linha genealógica direta do Salvador por vir. Esaú tinha 15 anos quando Abraão morreu.
*N. Hom. 25.34 Lições a propósito de Esaú: 1) A fé é a coisa principal na existência, pois é ela que torna certo o cumprimento da promessa divina (cf Hb 12.16-17); 2) A necessidade de submeter-se a carne ao espírito, as coisas temporais às eternas e que pertence a este mundo a Deus (1Co 9.27); 3) A inutilidade do remorso por se desprezar a benção divina (Hb 12.17). Nos tabletes de Nuzi, que datam do período patriarcal, encontra-se descrita uma transferência semelhante de direitos de herança, com relação a certo horto que teria sido negociado entre irmãos, pelo preço de três ovelhas.
Texto áureo: Semeou Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por um, porque o Senhor o abençoava. Enriqueceu-se... prosperou, ficou riquíssimo... de ma-
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quinta-feira, 27 de setembro de 2007
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