quinta-feira, 27 de setembro de 2007

ESTUDO NO LIVRO DE GÊNESIS PAG. 36

Ler Gênesis 22: 1-22.

Sabemos que esta história é uma figura da cruz. Quem é o Filho unigênito, que o Pai ama, senão o Senhor Jesus? Ele teve de ser oferecido como holocausto. Nos eternos conselhos de Deus, o lugar tinha sido visto de longe. É o monte Moriá, onde Davi anos depois oferecia o sacrifício de expiação e onde o templo havia de ser construído (2 Crônicas 3:1). Este lugar dos sacrifícios é também, ao mesmo tempo, o lugar de adoração (v.5). Quantos motivos encontramos ali para adorar tanto ao Pai como o Filho, que caminhavam ambos juntos, em plena sintonia de pensamentos, para realizar a obra da salvação! A obediência do Senhor no Getsêmani: “Não seja o que eu quero, e sim o que tu queres”( Marcos 13:36). Porém, em contraste com Isaque, que se submeteu simplesmente à vontade de seu pai, o Filho Se ofereceu espontaneamente ao Pai: “Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hebreus 10:9).

Em contraste com Isaque, que não sabia o que seu pai tencionava fazer, nos é dito: “Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre Ele haviam de vir, adiantou-se” (João 18:4). Finalmente, em contraste com o grito do Anjo do Senhor que impedira a mão de Abraão de deferir o golpe, não se ouviu no Gólgota nenhuma voz desviasse a espada do juízo que se abatia sobre o Filho de Deus.

COMENTÁRIOS

22: 1 Trata-se aqui, de uma prova para o fortalecimento da que Abraão possuía e não de uma tentação para o mal (cf Tg 1.12-15). Tal prova consistia na requisição daquilo que lhe era mais caro, aquilo que lhe era absolutamente indispensável e de maior valor (2). Esta prova, em vez de destruí-lo, traz Abraão ao cume de sua vida, seguindo a Deus.

22: 2 A região montanhosa que circunda Jerusalém é a “terra de Moriá” ( lit “O mostrado por Jeová”). Abraão construiu o altar na montanha (cf v 9) onde, mais tarde, apareceu o Anjo do Senhor a Davi (2 Sm 24.16,17; cf 2 Cr 3,1) e, subseqüentemente, situara-se o templo. Ainda hoje a área está bem demarcada e é considerada como sagrada, por maometanos e judeus.

22: 5 Voltaremos. Era a firma convicção de Abraão que ele e Isaque, de fato, voltariam. Sua , destacada em Hb 11.17-19, se fundamenta sobre a promessa de Deus claramente proferida. “.por Isaque será chamada a tua descendência”(21.12).

22: 8 Este versículo é profético, tanto na experiência de Abraão, como concernente à primeira vinda de Cristo e sua morte sacrificial por nós (cf Jo 1.29 e Rm 5.8). O v 5 deixa patente que Abraão admite que Isaque haveria de voltar com ele, quer por efeito de uma intervenção especial antes de oferecê-lo, que pela ressurreição da vida (Hb 11.19).

* N. Hom. 22.12. um paralelismo admirável entre o acontecimento aqui e o oferecimento de Cristo por nós: 1) Ambos, tanto Isaque como Cristo, foram obedientes até a morte (observe-se o fato de que Isaque era, então, um jovem e, como tal, bem mais forte do que o era Abraão, v 6); 2) Ambos, tanto Abraão como Deus, o Pai celeste, “não poupou a seu próprio Filho, antes por todos nós O entregou” (Jo 3.16 e Rm 8.32); 3) O cordeiro que viera a substituir Isaque é paralelo a Cristo, que se ofereceu em substituição por todos nós que nele cremos (Hb 10.5-10); 4) Ambos, tanto Isaque como Cristo, foram restaurados (cf Hb 11.17-19).

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