Leia Gênesis 24:1-14.
A morte de Sara é uma alusão ao fato de Israel (povo do qual descendeu o verdadeiro Isaque) ter sido posto de lado depois da ressurreição do Senhor (capítulo 22). Para assegurar que a semente da promessa seja preservada, Abrão, o “pai de numerosas nações”, tem um grande plano cuja execução nos é relatada em detalhes: providenciar uma esposa para seu filho. É então que uma terceira pessoa entra em cena, o mais antigo servo da casa de Abraão, seu administrador, uma impressionante figura do Espírito Santo que foi enviado à terra para reunir os que formão a Igreja, a noiva de Cristo. Assim vemos que o Pai, o filho e o Espírito Santo, que operam juntos na obra da criação, também atuam juntos na escolha, no chamando e na reunião dos redimidos que hão de se unir ao Cristo ressuscitado. Esta noiva é procurada em terras longínquas. Dentre os “que antes estáveis longe” é que Deus escolheu e chamou companheiros par Seu filho (Efésios 2:13).
Que modelo de dependência termos neste servo de Abraão! Na casa de seu amo, ele aprendeu a conhecer o Senhor, com quem agora se relaciona pessoalmente. Ele apresenta sua oração perante Deus (Salmo 5:3). Não nos esqueçamos, antes de empreender qualquer obra, de primeira falar ao Senhor sobre o assunto.
COMENTÁRIOS
24.1 Abraão estava com mais ou menos 140 anos.
24.2 O servo não é chamado pelo nome, aqui, mas usualmente é admitido que seja Eliezer (15;20). O juramento descrito tem sido designado como “juramento pela posteridade”, que significa a vingança relativa a qualquer transgressão do juramento exercida pelos descendentes que procedessem de sua coxa.
24.3 Este mandamento de Abraão corresponde à proibição feita pelo Senhor no sentido de impedir que os crentes se casem com descrentes (2 Co 6.14).
* N. Hom. 24.7 Por que seria que Deus abençoara a Abraão em todas as coisas? (1). 1) Porque ele era homem de fé, que depositara absoluta confiança na palavra de Deus, em todas as fases de sua vida. 2) Ele se mostrara fiel (Gl 3.9) com Deus. Sua vida consistira num equilíbrio entre o temor reverente que leva à obediência (22.1-14), e a comunhão que resulta na confiança (18.22-13).
24.10 A referência feita à existência de camelos no período patriarcal (séc. 19 a.C) tem sido apresentada como evidência de inexatidão do relato bíblico. Esta objeção, porém, já foi dissipada pelas descobertas arqueológicas que indicam a existência de camelos domesticados desde o ano 3000 a.C. Há referências específicas a camelos, em certo tablete oriundo do Norte da Síria, datada do séc. 18 a.C., bem como em um texto procedente de Ugarite, do séc. 19 a.C.(cf v 35). Naor, ou se refere a Harã, cidade de Naor, irmão de Abraão, (15), ou seria a cidade de Nakhur, mencionada nos tabletes de Marie, que existia naquele tempo e na região.
24.12-14 Esta oração nos fornece admirável evidência de fé que Abraão depositava na providência de Deus, a qual ele comunicava a família e aos servos. Suplicando, para que lhe fosse dada orientação, o servo de Abraão não ficava na expectativa de que Deus haveria de empregar fatos comezinhos como veículos de sua soberania.
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