sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

PAG. 29

“A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai”, como dito por Tiago (1:27), tem dois aspectos: “visitar os órfãos e as viúvas nas suas atribulações” e “a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo”. Na meditação passada, consideremos o lado pessoal: manter-se puro. O outro lado está diante de nós hoje: o serviço de amor para com os que atravessam tribulações e necessidades: os órfãos e as viúvas (v.29), e também o levita, o estrangeiro e o pobre. “Daí esmola”, disse o Senhor Jesus; “fazei para vós outros bolsas que não desgastem...” (Lucas 12:33). Sem dúvida Deus não tem necessidade de coisa alguma; Ele pode fartar de pão... os seus pobres” (Salmo 132:15), sem a nossa ajuda. Se Ele nos pede para compartilhar o que temos, não é por causa da necessidade da provisão, mas antes para nos ensinar a dar. Ele sabe que o nosso coração é egoísta por natureza, profundamente interessado em nossas próprias necessidades e pouquíssimo sensível às necessidades dos outros. E agrada ao Deus de amor ver em Seu próprio povo esse primeiro fruto da vida divina, o amor em suas múltiplas formas. Sim, Seu coração paterno regozija-se ao perceber em Seus filhos alguma semelhança ao Seu Filho amado, Aquele que por amor deu tudo por eles (2Coríntios 8:9).

COMENTÁRIOS

14.3-21 Em alguns casos, há uma explicação higiênica para a classificação de certos alimentos como limpos ou imundos. Noutros casos, a razão para a distinção não é clara. Seja como for, esses regulamentos seriam para testar a obediência de Israel e como sinal se seu caráter próprio e exclusivo de uma nação. Essas regas de saúde corporal pertencem somente a Israel, e não vigoram na dispensação cristã (ver 1ª Tm 4.4), porém indicam a necessidade de discrição e autocontrole.
14.7 A lebre e o arganaz. Só aparentemente é que podem ser considerados ruminantes, pois na realidade não o são. Mas a aparência é que interessava, cf Lv 11.5 e 6n. Os nomes dos animais e pássaros ainda nos dão margem para longos debates; os animais mencionados no versículo 5 pertencem mormente à família das gazelas; dos pássaros, alguns nomes hebraicos receberam uma interpretação dos rabinos, como se segue: o íbis v 16, heb yanshûph, parece ser um tipo de coruja que voa só depois do crepúsculo (heb nesheph); a cegonha, heb hasidâh, a forma feminina da palavra hesedh “misericórdia”, que se refere à dedicação da cegonha em alimentar os filhotes; a garça, heb ‘anãphâh, lit “ferocidade”, uma referência à pose e ao aspecto do referido pássaro.
14.21 No leito da sua própria mãe. Era um costume cerimonial dos cananeus,e por isso foi proibido. Além disso era uma violência à compaixão, para se satisfazer a gulodice.
14.22-29 Uma décima parte da produção da terra devia ser oferecida a Deus. Quando Moisés pronunciou este discurso, já era bem conhecido e praticado o uso dos dízimos, que podiam representar um sinal de gratidão (Gn 14.20) ou mesmo da lei do sábado (15.12). tudo o que o homem possui, a Deus o deve, sendo apenas um fiel depositário (Dt 8.18; Mt 25.14). Para que vissem que eram sagrados todos esses bens, separavam uma parte deles e ofereciam ao santuário (23,25). Na legislação anterior (isto é, Lv 27.30; Nm 18.21ss), quando o povo ainda se encontrava em seu estágio nômade, os dízimos eram entregues aos sacerdotes e levitas, que provavelmente tinham grande necessidade deles. Agora, entretanto, quando o povo estava preparado para entrar na Palestina e dar início a uma vida estabelecida, é ordenado um uso mais lato dos dízimos.
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