sábado, 19 de dezembro de 2009

ANALISE PARTE 1

O Quinto Livro de Moisés Chamado

Deuteronômio

Análise

O nome do livro de Deuteronômio ou “ Segunda Lei” sugere sua natureza e propósito. Situada apropriadamente em nossas Bíblias como o último dos cinco livros de Moisés, sumaria e põe em foco a mensagem incluída nos quatro livros anteriores. Isso não significa que se trata de mera repetição do que é dito previamente. O livro de Deuteronômio, é verdade, focaliza os acontecimentos ventilados anteriormente, particularmente nos livros de Êxodo e Números. Porém, ultrapassa esses registros devido ao fato que tanto os interpreta como os adapta.

Por todas as páginas do livro, os acontecimentos historiados estão prenhes de significado. Moisés nos fornece bastante material histórico; mas em quase todos os casos ele relaciona os acontecimentos à lição espiritual que os mesmos sublinham. Ele toma a legislação que o Senhor dera a Israel quase quarenta anos antes, e a adapta às condições da vida fixa na terra onde Israel em breve haveria de entrar.

Quando o livro foi escrito, a nação de Israel se encontrava na terra de Moabe, a leste do rio Jordão e do mar Morto. Antes disso, Israel havia fracassado, por falta de fé, e não entrou na Palestina. Agora, trinta e oito anos depois, Moisés reúne todo o povo e procura infundir a fé que os capacitaria a prosseguir obedientemente. À frente deles estendia-se a sua herança. Os perigos, visíveis e invisíveis, também jaziam à frente. Mas com eles estava o seu Deus, ao qual vieram a conhecer melhor durante a experiência que tiveram na península do Sinais, com suas rudezas e desolação.

Moisés percebeu, e corretamente, que os principais perigos que teriam de enfrentar estavam na área de sua vida espiritual; por conseguinte, o cerne primário de sua mensagem é espiritual. O Senhor, seu Deus, é Um; Ele é que os livrou da servidão. Ele lhes deu a lei. Entrara em relação de aliança com eles. São Seu povo. Ele exige devoção e adoração exclusivas. Seus caminhos já eram conhecidos por eles. Através de longa experiência, Israel havia aprendido que o Senhor honra a obediência e pune a transgressão. Ora, em um novo sentido Israel estava no que era seu, sob o Senhor e em novo lar.

O livro cobre a gama inteira das perguntas que se derivavam dessa nova fase de existência de Israel. Sua atitude para com o Senhor é, naturalmente, o problema principal. Moisés, com todo o zelo de que era capaz, conclama Israel para que confie no Senhor de todo o coração, e parta que faça de Sua lei o impulso contínuo de sua vida. Essa lei, caso observada, lhe infundiria uma nova vida, fazendo daquela nação um povo distinto entre as nações. Seguir-se-iam bênçãos, e as nações reconheceriam que o seu Deus é o Senhor. Mas, se Israel seguisse o caminho das nações ao seu derredor, e se esquecesse de seu Deus, então seria alcançada por aflições, e finalmente seria espalhada entre as nações.

Por todo o livro, a ênfase recai sobre a fé acompanhada pela obediência. Em um sentido bem real, essa é a sua nota-cheve.

Autor

Por todo o livro de Deuteronômio, Moises é declarado como autor dos discursos que compõem a maior parte da obra. É óbvio que o relato sobre sua morte, que aparece

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