sexta-feira, 4 de abril de 2008

ESTUDO NO LIVRO DE LEVÍTICO PAG. 9

da e aprender a evitar a sua repetição, multando-o pesadamente, em certos casos, e obrigando-o a oferecer a Deus o sacrifício pela culpa. Fica, pois, bem claro que nos capítulos 5 e 6 estudamos o sacrifício requerido em todas as transgressões sociais e culturais, e também higiênicas. Muitas delas estão hoje reduzidas a proporções mínimas, em virtude da abolição do ritualismo, tais como tocar cadáveres ou certas impurezas que o bom senso manda evitar; mas, em tudo mais, se nos afigura a necessidade de executarmos com rigor as antigas exigências mosaicas, e por isso vamos estudá-las carinhosamente.”

1. Natureza dos Sacrifícios de Transgressão

1) Não denunciando o crime visto ou sabido (5:1) - A justiça manda que se castigue o transgressor não somente para reparar a falta e corrigir o faltoso, mas também para evitar que o inocente venha a pagar, não se tendo descoberto o transgressor. Por esta razão, ficava o hebreu na obrigação de denunciar o criminoso à justiça, para o devido reparo. Se o não fizesse, incorria nas penalidades da Lei. A procedência desta demanda mosaica dispensa comentários. Basta recordar as muitas injustiças cometidas pelo tribunais, por falta de elementos certos sobre quem seja o criminoso. Quantas vezes a justiça fica às tontas, buscando provas, sobre um delito, quando alguém poderia, com o seu testemunho, evitar delongas e castigar o transgressor! O medo de incompatibilidades, o possível destorço do criminoso, um mundo de coisas, fazem que se cale a boca que poderia fazer luz sobre um caso de justiça, deixando, não raro, que pague o inocente pelo pecador. Para evitar essas faltas na comunidade hebraica, Deus instituiu não somente a pena, mas o meio de expiá-la.

2) Tocar coisa imunda (5:2,3) - O cadáver, de homem ou animal, é emblema do pecado, porque se não fôra o pecado não haveria morte. Conseqüentemente, o que tocasse no emblema do pecado tornava-se pecador ou transgressor. O povo de Deus deveria ser puro, e, no caso de haver contacto com coisa impura, a impureza tornava-se um fato na congregação e urgia reparar a falta de santidade. Hoje, com já foi notado, estas exigências estão diminuídas em razão da ausência de ritualismo na religião, mas ainda assim a Igreja Católica usa a sua água benta e seu incenso, os quais, entre outras coisas, visam à purificação.

3) Falso juramento (5: 4,5) – O juramento falso é um atentado violento contra a verdade e a justiça, as duas maiores bênçãos da raça humana, iguais para todos. Se um homem jurar falso, jogará o inocente na cadeia e soltará o criminoso, fazendo não somente grave injustiça ao indivíduo, mas à própria verdade, que foi violentada, e à justiça, que foi manchada. A verdade refulgiu de modo tal na vida de Jesus que Ele se chama A VERDADE. Então a verdade e a divindade são coisas de natureza igual, e quem profanar ou ultrajar uma delas não deixa de ser grande criminoso. Jurar Falso, não somente ofende a Deus e anula a Justiça, mas faz perigar a reputação e a honra, o crédito e, muitas vezes, a vida mesma. O nosso Tribunal do Júri, sublime instituição social, perdeu muito de seu valor por lhe terem negado as virtudes que Deus exigiu de seu povo. Não raro, lá se compra a verdade, ou a preço de ouro, Verba ou de verbo. O criminoso, raro é criminoso, a não ser que seja um pobre peão, sem dinheiro para assalariar um bom advogado, desses que se especializaram na defesa do crime. Certo que existem as chamadas atenu-

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