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14.34 Eu envio a praga. Deste versículo alguém podia concluir que Deus é fonte imediata de toda a lepra; precisa-se, porém, ter em mente as seguintes considerações: 1) A Bíblia descreve aquilo que Deus permite dentro da Sua Providência, como “ato de Deus”, Ex 15.26; Dt 7.15; 1 Sm 2.6; Pv 3.33; Is 45.7; 2) Há certos casos onde se vê o homem colhendo os resultados daquilo que semeou, Gl 6.7-8; 3) Em outros casos, não há um elo imediato com algum pecado específico, Jo 9.1-3. A alguma casa. Deve ser bolor, mofo, podridão.
14.41 Hoje sabemos que muitas doenças são devidas a bactérias que se multiplicam sob condições favoráveis de escuridão e de umidade. Antes de os homens saberem disso, Deus já tinha providenciado leis higiênicas que preservariam os obedientes destas pragas.
14.44 Maligna. Lit “irritação”, uma forma da raiz mã´ar (traduzida “picar” em Ez 28.24), que ocorre aqui.
N.Hom. 14.33-47 A lepra que invade uma casa pode simbolizar o pecado que, querendo tomar conta de um a igreja, que é comparada a uma casa em Ef. 2.19-22, e cujos membros são as pedras. 1Pe 2.5. A primeira coisa a ser feita é remover os móveis, v.36, que simbolizam todos os hábitos, costumes, cerimônias, e tradições que não têm fundamento na Palavra de Deus. Depois, procuram-se os sinais de corrupção e de podridão, 37; estes se reconhecem logo, seja na prática, na doutrina, seja no culto, pelo contágio que produzem, 39. Procede-se então à remoção das pedras contaminadas, 40 (a excomunhão individual, conforme 1 Co 5.1-5). Se depois disto não há cura nem arrependimento, só resta a eliminação da casa, 45 (a rejeição da igreja, Ap 2.5 e 3.16).
N.Hom. 14.48-53 Aplicando-se o caso da lepra de uma casa a uma igreja invadida pelo pecado, descreve-se aqui a cura. O sangue da ave sugere o sangue precioso e purificador de Cristo; sem esta doutrina da salvação pelo sacrifício de Cristo, uma igreja passa a ser apenas uma sinagoga de Satanás. As águas correntes lembram o Espírito Santo, cuja inspiração e poder trazem reavivamento a uma igreja pecadora. A ave viva é comparável ao pecador libertado, que voa livre e alegre pelo mundo depois de ser salvo, e o pau de cedro com o Madeiro que torna o crente capaz de participar da crucificação de Cristo, para que Cristo viva nele, Gl 2.19-20. O hissopo é aquilo que aplica o sangue purificador e sugere a fé despertada pelo Espírito Santo. O carmesim fala de purificação e de segurança (e.g., Js 2.19-21), que é o caminho diário dos membros de uma igreja verdadeira.
14.48 Este segundo exame foi feito para verificar a eficácia da cura.
14.53 Conforme se fazia também com a pessoa leprosa (v 7), libertava-se no campo o pombo vivo, para simbolizar assim a libertação de qualquer objeto da praga da lepra que o assolava.
O capítulo 15 trata da purificação dos corpos do versículo 1 -33.
Como este capítulo aborda problemas sexuais, deve por isso relacionar-se com o cap. 12 e interpretar-se à luz dos mesmos princípios. Há a considerar os casos normais e os anormais, embora em ambos se registre a impureza dos corpos. Mas nos primeiros, essa impureza perdura até ao pôr do sol, sendo afastada com lavagens, enquanto nos segundos se prolonga por sete dias, após o total restabelecimento da saúde. Segue-se a oferta de duas aves, uma pelo pecado outra em holocausto, quer se trate da impureza do
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