sexta-feira, 4 de abril de 2008

ESTUDO NO LIVRO DE LEVITICO PAG. 33

a sorte para o Senhor (v.9), tinha sido oferecido como oferta pelo pecado diante de Deus. O segundo, o bode expiatório, levava embora os pecados que estavam na consciência do povo. Essa era a razão pela qual todos os pecados eram confessados sobre a cabeça do animal e levados por ele para uma terra solitária (ler Salmo 103:12 e Hebreus 8:12, citando Jeremias 31:34), ou seja, somente daqueles que, confessando seus pecados (v. 21), se apropriam pela da excelência da vítima. O sacrifício de Cristo tem esse duplo caráter.

COMENTÁRIOS

16.15 O ato do sumo sacerdote entrar no Santo dos Santos era uma prefiguração da entrada de Cristo nos céus, depois da Sua morte e ressurreição, Hb 9.11-12. O propriciató- rio, heb kopporeth, lit “cobertura”. A tradução grega o chama enviá-lo (10), dedsertde Hilasërion, “proposição”, a mesma palavra usada para descrever o Senhor Jesus Cristo em Rm 3.25. A raiz hebraica produz a palavra traduzida porexpiaçãoem 16.6m, e “propiciação” em 16.17. Era a tampa da arca, e o lugar da expiação.

16.17 Propiciação. È a mesma palavra hebraica traduzida porexpiação

NCB – O bode expiatório (16: 20-22). Nos vers 8-10 se faz alusão ao bode vivo (20). Enquanto uma versão traduz estas palavras porbode expiatório”, outra conserva o original hebraico “Azazel”. Quando à primeira, convém frisar que é na realidade a mais antiga e a mais corrente por ser também adotada pelos L X X e pela Vulgata, que supõe o vocábulo “azazel” derivado da raiz azal, com o significado de “afastar”. Por isso se lhe chama tambémbode emissário”, sempre relacionado a idéia de afastamento da culpa com a da expiação pelo pecado. Assim se interpretam as palavras do Salmo 103: 12: “Quanto está longe o oriente do ocidente assim afasta de nós as nossas transgressões”. É este ainda o significado indicado pela ênfase acentuada pelas palavras enviá-lo (10), deserto (21), terra solitária (22). A versão que conserva o termo hebraico “Azazel” dá entender que se trata dum nome próprio, pois supõe um contraste entrepara ser bode emissário (Azazel)” (10) e “pelo Senhor” (9). Se se admitir, porém, que esse é o nome dum famoso demônio do deserto ou um dos muitos epítetos de Satanás, é de estranhar que em toda a Bíblia tal vocábulo apareça apenas uma vez e nestes textos. E, se considerarmos uma alusão a um demônio muito temido pelos israelitas, que exercia sobre eles uma influência poderosa e, portanto, precisava ser apaziguado, é difícil de compreender por que se preocupavam, se se afastava para tão longe esse ser ameaçador, especialmente quando o povo se dirigia para a Palestina. O pecado é um fator, não remoto, mas sempre presente na vida do homem (Gen. 4: 7). Além disso, a idéia da expiação pelo pecado, envolvendo resgate ou sacrifício a Satanás, ou a outro demônio desconhecido do deserto, não é de considerar-se, e muito menos a idéia do bode levar ao demônio notícias de que se faz expiação pelos pecados. Compare-se 17:7 onde se proíbe expressamente todo e qualquer culto a prestar aos sátiros ou aos demônios. Há necessidade, pois, de considerar devidamente a interpretação a dar aos textos sagrados.

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Texto áureo: Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, [Jesus] uma vez se manifestou, para aniquilara o pecado pelo sacrifício de si mesmo

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